quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Santidade não é um luxo de poucos, senão destino de todo batizado, afirma Bento XVI
Resgatando uma das audiências do Papa Bento XVI, refletimos sobre a santidade. Na Audiência Geral de 20/08/2008 realizada no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, o Papa Bento XVI explicou que a experiência humana e espiritual dos Santos, "demonstra que a santidade não é um luxo" senão em realidade "o destino comum de todos os homens chamados a ser filhos de Deus, a vocação universal de todos os batizados".
Ao colocar como exemplo em sua mensagem aos Santos que a Igreja lembra nestes dias de agosto, como a São João Eudes, São Bernardo de Claraval, São Pio X ou Santa Rosa de Lima, "primeira Santa canonizada do continente latino-americano, do qual é padroeira principal", o Santo Padre destacou que a experiência espiritual e material deles "demonstra que a santidade não é um luxo, não é um privilégio de poucos, tampouco é uma meta impossível para homem normal; é em realidade, o destino comum de todos os homens chamados a ser filhos de Deus, a vocação universal de todos os batizados".
Seguidamente precisou que "a santidade se oferece a todos; mas naturalmente não todos os Santos são iguais; são de fato, como eu disse, o espectro da luz divina. E não necessariamente um grande santo é aquele que possui carismas extraordinários. De fato, há muitíssimo cujos nomes só conhece Deus, porque na terra levaram uma existência aparentemente muito normal. E são estes chamados Santos 'normais' os que são habitualmente queridos Por Deus".
A seguir o Papa explicou como o exemplo dos Santos "testemunha que, só quando se está em contato com o Senhor, se reflete sua paz e sua alegria e se está na possibilidade de difundir em qualquer parte a serenidade, a esperança e o otimismo".
"Queridos irmãs e irmãos –continuou– dia após dia a Igreja nos oferece então a possibilidade de caminhar em companhia dos Santos. Escrevia Hans Urs von Balthasar que os Santos constituem o comentário mais importante do Evangelho, sua atualização no cotidiano e por isso representam para nós uma via real de acesso a Jesus".
Por isso, alentou: "Como é importante e proveitoso o esforço de cultivar o conhecimento e a devoção dos Santos, além da meditação cotidiana da Palavra de Deus e um amor de filhos com a Virgem!"
Seguidamente alentou a "tomar a biografia e os escritos dos Santos ou santas, porque cada dia do ano nos oferecem a oportunidade de nos familiarizar com nossos celestes padroeiros".
Finalmente o Papa Bento XVI fez votos para que o exemplo dos Santos constitua para todos uma nova primavera e que "nos deixemo por isso atrair pela fascinação sobrenatural da santidade! Que Maria, rainha de todos os Santos, Mãe e Refúgio dos pecadores, nos obtenha esta graça!"
sábado, 25 de agosto de 2012
Pedir perdão e perdoar
Olá irmãos e irmãs! A Paz do Senhor esteja convosco!
"Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete." Mt. 18:21,22
"Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete." Mt. 18:21,22
Alguma vez você se sentiu magoado com alguém? Talvez triste por alguma palavra que outra pessoa tenha dito-lhe ou algo que ela te fez que não foi bom? O mais interessante é que quando você fica triste, magoado ou chateado, a pessoa que te fez ficar assim certamente não se lembra o que ela te fez. Enquanto você está triste e "parado" na sua vida pensando no que ela te fez, desejando mal para esta pessoa, ela está dando continuidade na vida dela e se preocupando com coisas mais úteis.
Mas vamos pensar de uma outra forma. Você consegue imaginar quantas pessoas você pode ter entristecido com palavras ou atos muitas vezes sem ter a intenção de magoar ou ferir?
Neste momento alguém está triste por algo que você fez, porém sua vida continuou e você jamais deu conta disso. Várias vezes você faz um ato sem pensar, algo que para você é "normal" mas que para outra pessoa é uma ofensa.
Vou contar uma experiência. Tenho um grande amigo desde a infância. Sempre fizemos tudo juntos, nos víamos sempre. Em um determinado dia, já com nossos 15 ou 16 anos, ele parou de falar comigo e eu nunca entendi o motivo. Interessante é que eu julgava essa atitude dele como infantil e de esnobe por me deixar de lado. Bem, passados 8 anos, por acaso encontrei com a mãe dele a qual eu sempre tive muito carinho e há muito tempo não a via. Ela disse: "até hoje seu amigo (não vou citar o nome) guarda aquelas suas palavras!" Não entendi, perguntei com um sonoro "como assim?". Por se tratar de alguém que um dia participou muito da minha vida, ela foi educada e disse que quando estávamos na escola eu disse algo para o filho dela que o magoou. Desde então ele regrediu nos estudos, ficou desanimado com muitas coisas da vida.
Enquanto ela falava, meus olhos marejavam e tudo o que eu queria era poder encontrar ele, abraçar e pedir perdão. Sinceramente, não sei o que falei! No dia seguinte, após ter conversado com a mãe dele, fui até a casa dele. Quando ele me viu não demonstrou outra reação a não ser aquela de desprezo já demonstrada durante 8 anos. Cheguei a ele e pedi que me perdoasse, pois não lembrava do que eu fiz, e se eu fiz foi sem intenção de magoar. Após muita conversa percebi que era algo tão pequeno o que eu fiz, mas que naquele dia com 16 anos, aliado com o estado emocional que ele se encontrava, aquilo caiu como uma bomba atômica sobre meu amigo.
Voltamos a conversar, somos grandes amigos até hoje. Tudo pois eu soube ir lá e pedir perdão. Alias, pedi perdão por algo que eu não sabia o que era. Ele soube me perdoar.
O recado que quero deixar é que não deitem suas cabeças no travesseiro sem antes fazer um exame de consciência. Pense no seu dia, em tudo o que você viveu. Com quem você conversou e se relacionou. Diversas vezes temos atos que são invisíveis para nós, mas tem um impacto gigantesco sobre as pessoas. Ninguém se afasta de você por acaso, pense nisso. Por fim, reze por essa pessoa. Não é necessário fazer uma novena, mas coloque ela na sua oração de manhã, nas orações do dia e principalmente na sua oração noturna. Acima de tudo, peça perdão a Deus, mesmo que você ache que não fez nada de errado. Peça perdão, mesmo que você não tenha culpa! Uma amizade de 1 dia vale mais do que uma palavra dita em 5 minutos. Imagine então o valor de uma amizade de meses e anos!
No final, mesmo que o outro não queira te perdoar, não fique triste, Deus viu o seu ato de humildade e compaixão e te perdoou!
A Paz do Senhor esteja convosco! Até a próxima!
domingo, 19 de agosto de 2012
Esclarecendo Memória, Festa e Solenidade
Olá irmãos e irmãs! A Paz do Senhor esteja convosco!
Na última postagem falamos sobre a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Depois de terminado, fiquei pensando: "qual a diferença entre Solenidade, Festa e Memória?". Pesquisei e achei interessante partilhar o resultado com todos vocês.
Em 1969 o papa Paulo VI promulgou as Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário Romano (NALC), distinguindo os dias litúrgicos de acordo com sua importância em Memória, Festa e Solenidade.
Vamos começar na ordem crescente de relevância:
Memórias - A memória é uma recordação de um ou vários santos em um dia da semana. As memórias são consideradas obrigatórias cujo os santos ou santas são venerados universalmente, ou seja, toda Igreja celebra sua memória. As memórias são consideradas facultativas quando somente em alguns países ou regiões aqueles santos ou santas são cultuados.
Festas - Festa é uma celebração pouco maior que as memórias. Identifica-se, inicialmente, com as do dia comum, mas nela canta-se o "Glória" e pode ter prefácio próprio, dependendo de sua importância.
Solenidade - Recebem o nome de Solenidade as principais celebrações da Igreja. Em síntese, Solenidade é a festa das festas. Segundo NALC nº 11, "As solenidades são constituídas pelos dias mais importantes, cuja celebração começa no dia precedente com as Primeiras Vésperas". Desta forma, as solenidades são consideradas o grau máximo da celebração litúrgica, nelas encontramos presentes todos os aspectos solenes e próprios da liturgia na sua forma mais nobre.
Relação entre elas:
A Memória pode se tornar Festa ou até mesmo uma Solenidade, quando o santo a ser recordado for padroeiro principal de um lugar ou cidade, titular de uma catedral, fundador ou padroeiro principal de uma Ordem ou Congregação.
A Festa pode se tornar Solenidade quando o santo festejado for o padroeiro da paróquia ou da cidade, titular de uma catedral , fundador ou padroeiro principal de uma Ordem ou Congregação.
Espero que tenham gostado!
A Paz do Senhor esteja convosco! Até a próxima!
Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
Olá irmãos e irmãs! A paz do Senhor esteja convosco!
Na última quarta-feira, dia 15 de agosto, celebramos a Assunção de Nossa Senhora. Porém, essa data é celebrada solenemente no primeiro domingo após o dia 15, ou seja, nesse ano a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora é realizada hoje dia 19 de agosto.
A Igreja celebra a solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Esta é a terceira e última solenidade de Maria durante o ano na Igreja.
Solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação, e sendo a Igreja, assim definiu o Papa Pio XII em 1950: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial".
Antes, esta celebração, tanto para a Igreja Oriental quanto para a Ocidental, era chamada de Dormício que quer dizer "passagem para a outra vida", até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora aos Céus". Em linhas gerais, isso significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.
Maria contava com 50 anos quando Jesus ascendeu aos Céus e, nesse momento ela já tinha sofrido com as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro no Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Cálvario, a morte do Filho, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.
Portanto, a Virgem maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. ressuscitou, mas não ficou na terra mas sim, imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada na Igreja Triunfante como Nossa Senhora, Mãe e Onipotência Suplicante assunta aos Céus!
Nesse dia, e em todos os outros de nossas vidas, clamemos: Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!
Na última quarta-feira, dia 15 de agosto, celebramos a Assunção de Nossa Senhora. Porém, essa data é celebrada solenemente no primeiro domingo após o dia 15, ou seja, nesse ano a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora é realizada hoje dia 19 de agosto.
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós! |
A Igreja celebra a solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Esta é a terceira e última solenidade de Maria durante o ano na Igreja.
Solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação, e sendo a Igreja, assim definiu o Papa Pio XII em 1950: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial".
Antes, esta celebração, tanto para a Igreja Oriental quanto para a Ocidental, era chamada de Dormício que quer dizer "passagem para a outra vida", até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora aos Céus". Em linhas gerais, isso significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.
Maria contava com 50 anos quando Jesus ascendeu aos Céus e, nesse momento ela já tinha sofrido com as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro no Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Cálvario, a morte do Filho, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.
Portanto, a Virgem maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. ressuscitou, mas não ficou na terra mas sim, imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada na Igreja Triunfante como Nossa Senhora, Mãe e Onipotência Suplicante assunta aos Céus!
Nesse dia, e em todos os outros de nossas vidas, clamemos: Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!
sábado, 18 de agosto de 2012
O que é ser Santo?
“Eu sou o Senhor vosso Deus: portanto vós vos
consagrareis, e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis por
nenhum enxame de criaturas que se arrastam sobre a terra. Eu sou o Senhor, que
vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus: portanto vós
sereis santos, por que eu sou santo” Lv 11:44-45.
Com essas palavras do Senhor
começo este texto. Deus não está convidando ou chamando você e eu para nos
tornarmos santos, Ele afirma que seremos santos pois Ele é santo. Bonito não é?
Mas a final, o que vem a ser a Santidade?
Analisando a história, vamos
encontrar centenas de santos, com todos os nomes, nacionalidades e histórias de
vida que muitas vezes são semelhantes as nossas. Homens e mulheres que
dedicaram suas vidas a Cristo e que em muitos casos, antes desta entrega,
passaram por tormentas, dificuldades e tiveram vidas totalmente desregradas.
Sim, ao contrário do que se
pensam, os santos não foram pessoas que somente fizeram o bem e por isso ganhou
essa denominação. Eles tiveram vidas como as nossas, esteve em um estado com
atitudes e pensamentos pecaminosos, mas que em certo momento de suas vidas
tiveram o prazer do encontro com Cristo.
Ser santo não é viver uma vida
sem pecar, mas sim, viver uma vida de olhos e ouvidos abertos à palavra de
Deus. Quando preocupamos em não pecar, toda nossa atenção fica focada para essa
única preocupação, e esquecemos-nos do principal que é amar e adorar a Deus. A
nós cabe apenas ouvi-lo, fechar nossos lábios e no silêncio de nossas almas escutar
o que o Senhor tem a nos falar. É nosso dever meditar suas palavras para que
conheçamos a melhor forma de viver. Na oração do Pai Nosso rezamos: “Seja feita
a vossa vontade... mas livrai-nos do mal”. Essas são as mais belas e preciosas
palavras que um santo adorador pode dizer ao seu Senhor. Confiar em Deus às
vidas permitindo que Ele faça à ‘vossa vontade’ e no fim, entrega-se
inteiramente dizendo ‘livrai-nos do mal’. Não cabe a nós vivermos fugindo do
pecado, mas é nosso dever e obrigação ler, ouvir e meditar a palavra de Deus, e
pedir a Ele que tome conta de nossas vidas e livre-nos de todo mal.
Quais são esses males que nos
afastam de Deus e nos levam de encontro com a morte espiritual? O livro de
Provérbios no capítulo 6, do versículo 16 ao 19 apresenta seis coisas que o
Senhor aborrece e uma que não tolera, porém todas elas são para nossa
destruição. São elas: “O olhar orgulhoso, a língua mentirosa, as mãos que matam
gente inocente, a mente que faz planos perversos, os pés que se apressam para
fazer o mal, a testemunha falsa que diz mentiras e as pessoas que provocam
brigas entre os irmãos” (Pv 6:16-19).
Falaremos de cada uma delas nas próximas postagens!
A Paz do Senhor esteja convosco!
A Paz do Senhor esteja convosco!
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