sábado, 9 de março de 2013

Renúncia do Papa Bento XVI



O dia 11 de Fevereiro de 2013 tinha tudo para ser uma segunda-feira como outra qualquer, porém, uma notícia vinda do Vaticano sobre a renúncia do Papa Bento XVI surpreendeu o mundo. A decisão foi do próprio Papa que marcou como dia 28 de Fevereiro de 2013 a entrega da posição de líder da Igreja. Decisão como esta havia sido feita em 1415 quando o papa Gregório 12º renunciou o seu pontificado.


Papa bento XVI é o 265º Papa e foi eleito no ano de 2005 após o falecimento do Beato João Paulo II. Aos 78 anos, foi o Papa mais velho a ser eleito em 300 anos. A mídia em geral por todo mundo realiza especulações a respeito do que teria levado o Santo Padre a renunciar o seu pontificado. Em um artigo publicado na semana do dia 14 de Fevereiro, o padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior da Arquidiocese de Cuiabá(MT) destaca que “apesar do grande sentimento de vazio e de perplexidade deste momento solene de nossa história, nada nos autoriza moralmente a duvidar do gesto do Santo Padre nem deixar de depositar em Deus nossa confiança”. O artigo na integra está disponível no site da Canção Nova.



Bento XVI foi um Papa corajoso que não teve medo de enfrentar acusações injustas, não se curvou diante de tantas blasfêmias contra ele como a recente e deplorável peça de teatro da PUC de São Paulo (Decapitando o Papa). Soube interpretar e defender o Concílio Vaticano II dos ataques injustos que recebeu dos ultraconservadores e dos ultramodernos, estes últimos que querem ver um “rompimento da Igreja com seu passado”. Com fé e determinação, deu continuidade à “Primavera da Igreja”, a qual o Concílio nos trouxe, como disse João Paulo II. Agora nos deixa o “Ano da Fé” e a proposta de uma nova evangelização.

No dia 17 de fevereiro na tradicional oração do Angelus na Praça de São Pedro, o Santo Padre pediu orações para si e para seu sucessor e, ao refletir sobre o evangelho das “tentações de Jesus”, o Papa alertou os cristãos para a necessidade de rejeitar os apelos “do egoísmo, do orgulho, do dinheiro e do poder”. 

Como seus antecessores, Bento XVI deixa um grande legado não somente para a Igreja, mas também para o mundo todo. Mas o seu maior legado é o gesto de profunda humildade e desapego. Em um tempo em que todos se apegam a status, ao poder e querem se promover de toda forma, vemos um papa corajoso, coerente e fervoroso que, em um ato de desprendimento das coisas terrenas, eximindo de sua autoridade, renunciou seu pontificado, o cargo mais alto da igreja, para se isolar em um mosteiro de clausura no Vaticano e rezar por todos nós.

(Artigo publicado também no jornal da Paróquia Santa Mena - PASCOM Santa Mena)

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